Rio reduz em um terço o número de fumantes no ambiente de trabalho

Dado é do Ministério da Saúde, em levantamento feito na capital. Outra pesquisa aponta que o índice de fumantes dentre as empresas analisadas caiu 9,4% no período, com uma tendência de queda linear

brasileiros fumam menos cigarros
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Neste Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), enfim, uma boa notícia. O Rio de Janeiro comemora a queda em 30,9% no percentual de fumantes passivos no local de trabalho nos últimos nove anos. O percentual de fumantes passivos nesse ambiente passou de 12,3% em 2009, para 8,5% em 2017. Em 2009, as mulheres representavam 12,9%, passando para 8% em 2017. Já entre os homens o percentual era de 12,9% e reduziu para 5,7% no ano passado.

A pesquisa apontou ainda uma redução significativa nos percentuais de passivos no local de trabalho entre os homens e mulheres na capital Rio de Janeiro. Em 2009, as mulheres representavam 8,2%, passando para 5,1% em 2017. Já entre os homens o percentual era de 17,3% e reduziu para 12,6% no ano passado. Os dados são do último levantamento do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2017), do Ministério da Saúde. A pesquisa foi feita por telefone nas 26 capitais e Distrito Federal e contou com 53.034 entrevistas.

Outra pesquisa realizada com dados de 92 mil exames ocupacionais de todo o país entre janeiro de 2016 e junho de 2018 pela RHMED – especializada em inteligência em saúde e em segurança do trabalho – aponta que o índice de fumantes dentre as empresas analisadas caiu 9,4% no período, com uma tendência de queda linear.

Outra boa notícia apontada pela pesquisa: os jovens que estão entrando no mercado de trabalho estão deixando de fumar – a população trabalhadora acima de 25 anos tem proporcionalmente 2,4 vezes mais fumantes que a de 18 a 24 anos. A idade média do grupo de fumantes é quatro anos maior do que a idade de não fumantes.  Do total de pessoas pesquisadas,  4.904 eram fumantes em janeiro de 2016 (5,3%) e passaram a ser 4,8% em junho de 2018.

40 mil já deixaram de fumar na capital

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio conta com o programa de combate ao tabagismo em mais de 200 unidades de Atenção Primária (Clinicas da Família e Centros Municipais de Saúde). As estratégias adotadas na cidade do Rio de Janeiro seguem cinco linhas de ação: ambientes 100% livres de fumo, tratamento para deixar de fumar, prevenção da iniciação no tabagismo, mobilização em datas comemorativas e divulgação da legislação. Com diversas histórias de sucesso, o programa vem ajudando milhares de cariocas a deixarem de fumar.
Cerca de 40 mil pessoas já deixaram de fumar, entre os anos de 2011 até 2017, seguindo o tratamento oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde. Esse número representa que 54,7% dos cariocas que participaram de pelo menos quatro sessões, acompanhados de profissionais de saúde, abandonaram o cigarro.
O Programa Academia Carioca tem como finalidade promover a atividade física de forma regular nas unidades de saúde de atenção primaria, desenvolvendo essas práticas em benefício da saúde das pessoas para combater doenças crônicas, como a hipertensão e a diabetes. A lógica do projeto é desassociar as unidades de saúde como um local apenas de tratamento de doenças, mas também de promoção e prevenção da saúde.

Atividades marcam a data no Rio

Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta quarta-feira, 29 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove uma série de atividades por toda a cidade, com o objetivo de mobilizar e conscientizar a população sobre os danos causados pelo tabaco. A proposta é estimular que fumantes repensem o hábito de fumar e conheçam as estratégias para mudança de comportamento, valorizando os benefícios de viver livre do fumo ativo e passivo.
As unidades de Atenção Primária realizam, por meio dos programas de Controle de Tabagismo e Academia Carioca, ações de promoção da saúde, incluindo palestras, rodas de conversa, exibição de vídeos, dramatização, demonstração de como fica o pulmão após vários cigarros, caminhadas, inscrições para tratamento, participação do Grupo de Tabagismo, cine pipoca, além de exames de saúde bucal e instrução de higiene oral.
As ações fazem parte da Parceria por Cidades Saudáveis, uma rede global de cidades comprometidas com a redução de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), da Bloomberg Philantropies, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o apoio da Vital Strategies e da ACT Promoção da Saúde na implementação do projeto. Confira as ações programadas em http://www.rio.rj.gov.br/web/sms

Redução de fumantes passivos no Brasil

O país comemora a queda em 44,6% no percentual de fumantes passivos no local de trabalho nos últimos nove anos no Brasil. O percentual de fumantes passivos nesse ambiente passou de 12,1% em 2009, para 6,7% em 2017. A pesquisa apontou ainda uma redução significativa de 45,6% entre as mulheres e 43,5% entre os homens.

Quando verificado a situação das capitais, a frequência de fumantes passivos no local de trabalho variou entre 3,7% em Porto Alegre e 9,7% em Porto Velho. Entre os homens, as maiores frequências foram observadas em Porto Velho (14,5%), Recife (13,0%) e Campo Grande (12,9%), e entre as mulheres, no Distrito Federal (6,4%), em João Pessoa (6,0%) e Rio Branco (5,9%).

As menores frequências entre os homens foram observadas em Porto Alegre (5,2%), Curitiba (5,9%) e Distrito Federal (6,7%). Já para o sexo feminino, as menores frequências ocorreram em São Luís (2,1%), Porto Alegre (2,4%) e Vitória (2,6%). Os dados do Vigitel 2017 apontam ainda que a frequência de fumantes passivos no local de trabalho diminuiu com o aumento da escolaridade para ambos os sexos.

“Houve um avanço importante na redução da exposição de pessoas ao fumo passivo, e esse impacto foi verificado após a regulamentação da Lei que proíbe o ato de fumar cigarros, charutos, narguilés e outros produtos em locais fechados e de uso coletivo. No entanto, ainda é preciso continuar fiscalizando os locais de trabalho e dar continuidade com a política de aumento dos preços de cigarros. O aumento no preço tem impacto direto na redução de fumantes no país”, afirmou a diretora geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Maria de Fátima Marinho.

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Fumantes passivos em domicílio

O estudo verificou também redução na frequência entre os fumantes passivos no domicilio. O Brasil apontou queda 37,8% no número de fumantes passivos no local de domicilio. Saindo de 12,7% em 2009, para 7,9% em 2017. A queda também foi verificada entre os sexos no mesmo período. Entre as mulheres foi verificado uma redução de 43,3% e entre os homens 37,8%.

Em 2017, a capital Rio de Janeiro apresentou queda 46,5% no número de fumantes passivos no local de domicilio. Saindo de 12,9% em 2009, para 6,9% em 2017. A queda também foi verificada entre os sexos no mesmo período. A

A prevalência de fumantes passivos no domicílio variou entre 5,2% em Palmas e 10,4% em Macapá. Entre os homens, as maiores frequências foram observadas nas capitais, Aracaju (9,8%), Belo Horizonte (9,5%) e Fortaleza (9,4%) e, entre as mulheres, em Macapá (12,7%), Recife (11,4%) e Natal (10,4%).

As menores frequências entre os homens foram observadas em Salvador e São Luís (4,6%) e Manaus (4,8%); as menores frequências entre as mulheres ocorreram em Palmas e Vitória (4,7%) e Florianópolis (5,5%).

Fonte: Ministério da Saúde, RHMED e SMS-RJ

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